O deputado estadual Capitão Assumção subiu à tribuna para fazer um duro e indignado pronunciamento sobre a farsa do sistema judicial brasileiro , denunciando o tratamento desigual entre poderosos e cidadãos comuns. Em sua fala, o parlamentar comparou Adriana Ancelmo , esposa do ex-governador Sérgio Cabral , condenada por corrupção bilionária, mas que recebeu prisão domiciliar para “cuidar dos filhos”, com Débora , uma cabeleireira, mãe de dois filhos, que permanece presa há mais de dois anos por um crime não violento.
“A mulher de Cabral, que ajudou a esconder malas de dinheiro sujo e desviou milhões que deveriam ir para hospitais e escolas, recebeu o ‘direito’ de ficar em casa para cuidar dos filhos. Mas Débora, que apenas manchou uma estátua com batom, segue esquecida na cadeia, sem poder abraçar os filhos”, denunciou Assumção. “Onde está a justiça nisso? Ou será que o direito à família só vale para quem tem conta na Suíça?”
O deputado criticou duramente a aristocracia judicial , afirmando que o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes negaram repetidamente pedidos para que Débora cumpra pena fora da prisão, enquanto corruptos de colarinho branco continuam sendo agraciados com benefícios . “Isso não é Justiça, é um sistema que protege a elite e esmaga os mais pobres. Se você está ligado à má política, tem perdão. Se para um trabalhador comum, é tratado como inimigo do Estado”, disparou.
Capitão Assumção chamou a situação de “ditadura da hipocrisia” , onde a lei é usada como chicote para os fracos e abraço para os fortes . “O Brasil virou um país onde mães pobres são sacrificadas para alimentar o teatro da justiça seletiva , enquanto ladrões que roubaram milhões vivem no conforto de suas casas”, afirmou.
O parlamentar cerrou seu discurso cobrando uma resposta imediata das autoridades e do povo brasileiro . “A pergunta que deve ecoar por todo o país é: POR QUE A ESPOSA DO CABRAL PODE, E DÉBORA NÃO? . Até quando vamos aceitar esse sistema e poder cuidar da cara do povo? A revolta está no coração de cada brasileiro de bem, e não podemos mais nos calar! ” concluiu Assunção.