O deputado estadual Capitão Assumção, do Espírito Santo, protagoniza uma forte reação ao que classificou como uma “afronta diplomática e jurídica” por parte do Brasil contra o soldado israelense Yuval Vagdani, das Forças de Defesa de Israel (IDF). O militar foi alvo de uma investigação no Brasil, acusado de crimes de guerra por uma organização palestina. Para o parlamentar, o episódio fere gravemente os princípios do direito internacional e ameaça as históricas relações de amizade entre Brasil e Israel.
Em uma carta endereçada ao Itamaraty, Capitão Assumção exige uma retratação pública e critica a condução do caso pelas autoridades brasileiras, destacando que a investigação desconsidera a imunidade diplomática e os direitos soberanos de Israel. Segundo ele, a tentativa de criminalizar Vagdani, que estava de férias no Brasil, é “infundada” e reflete uma perigosa submissão a interesses ideológicos que comprometem a postura internacional do país.
O deputado também apontou a eficiência do serviço de inteligência israelense, que garantiu a saída segura do soldado antes de sua possível detenção. Para Assumção, esse desfecho evidencia a vulnerabilidade do sistema brasileiro ao lidar com questões diplomáticas sensíveis e expõe o país ao descrédito internacional. Ele ainda alertou para o risco de o Brasil ser associado a práticas contrárias à justiça e aos direitos de aliados estratégicos.
Criticando duramente o chefe do Executivo brasileiro, o parlamentar afirmou que a omissão diante desse caso coloca o governo em desalinho com os valores democráticos e a vontade popular, majoritariamente favorável à parceria com Israel. “Não podemos permitir que o Brasil ceda a pressões ideológicas que desonrem nossos aliados e comprometam nossa credibilidade internacional”, declarou.
Capitão Assumção reafirmou seu apoio ao povo e ao governo de Israel, destacando o papel da nação como referência na luta contra o terrorismo e na defesa da democracia no Oriente Médio. Ele ainda condenou qualquer tentativa de prejudicar essa relação estratégica, essencial para os interesses nacionais e para a estabilidade global.
A postura firme do deputado ecoa como um chamado à responsabilidade do Brasil em respeitar os valores do direito internacional e fortalecer os laços com aliados históricos. Enquanto o governo brasileiro permanece em silêncio, a pressão por uma resposta oficial cresce, e o caso de Yuval Vagdani segue como um divisor de águas nas relações entre Brasil e Israel.
